Se você é portador da Doença Pilonidal ou conhece alguém que tenha, provavelmente já se questionou sobre a melhor técnica para o tratamento do cisto pilonidal, não é mesmo? Antes de responder essa pergunta, são mais de 16 métodos nesses 180 anos desde a primeira descrição da patologia feita pelo Hebert Mayo em 1833, mas você conhece as principais técnicas desenvolvidas para solucionar o problema?
Cirurgias tradicionais
Segunda Intenção (aberta)
Talvez a mais temida porém mais eficaz para o tratamento do cisto pilonidal é ressecção em bloco da doença com cicatrização natural (sem pontos).
Na literatura apresenta menor taxa de recidiva 3-5%, mas infelizmente, apresenta um pior resultado estético, maior tempo de retorno as atividades diárias, que pode variar entre 3 meses e 1 ano. - Maior dor no pós-operatório - Adoecimento da cicatriz (a cicatriz pode tornar-se frágil e aparecer feridas na mesma) - Necessidade de auxílio por longo prazo na troca de curativos.
Primeira Intenção (com pontos, fechada) e Marsupialização
A cirurgia fechada é aquela que é feita com sutura, ou seja, com pontos. A área comprometida pode ser fechada por completo ou parcialmente (marsupialização - técnica mista) então, poderá ficar aberto para cicatrização espontânea. Elas são indicadas para casos selecionados. Nessa técnica tradicional, o fechamento dos pontos na linha média (meio do corpo) está associada à um aumento drástico no número de recidivas (retorno do cisto), cerca de 30% mais que na aberta. Provavelmente por cair pelos na região central. Além disso, esses pontos tem de ser dados com muita tensão, o que pode levar os pontos a abrirem com muita facilidade. Um outro ponto negativo do fechamento da ferida é o aumento na incidência de infecções na ferida operatória, o que pode causar retardo ainda maior no retorno das atividades usuais.
Retalhos
Alguns pacientes têm doenças complexas e que se tornam recorrentes.
Com isso, a pele sofre tamanha deformação que torna impossível o fechamento do defeito apenas com a aproximação por pontos.
Assim, faz-se necessário a mobilização da pele de uma área doadora e deslocamento desta para o local doente. Em outras palavras, esse procedimento é chamado avanço de retalho. Dependendo do médico que realiza a técnica, do desenho e da profundidade atingida, ela pode receber nomes como: Limberg, Karydakis, romboide (forma de trapézio), miocutâneo, entre outros. Os avanços de retalho são alternativas eficazes para o tratamento da doença pilonidal grave ou recorrente, mas exigem grande experiência do cirurgião e apresentam mais riscos de complicações.
Cirurgias minimamente invasivas
Laser de Diodo
A utilização do laser para fechamento de feridas de difícil cicatrização tem sido aplicada em várias especialidades médicas como cirurgia vascular, ortopedia e ginecologia. Desta forma, naturalmente a coloproctologia adotou essa tecnologia há alguns anos.
O procedimento é realizado através de uma fibra (catéter) inserido dentro das aberturas do cisto pilonidal. O médico coloproctologista faz a limpeza minuciosa do local, com remoção de pêlos e tecidos. Em seguida, com a fibra laser de raio circular, ele cauteriza e coagula o cisto por dentro, promovendo o seu fechamento. Por ser uma téncica minimamente invasiva, proporciona uma excelente qualidade de vida.
E.PS.i.T - Endoscopic Pilonidal Sinus Treatment
O EPSIT vem apresentando resultados promissores. Como toda cirurgia minimamente invasiva, tem como vantagens recuperação e cicatrização mais rápidas, menos dor no pós-operatório, retorno precoce às atividades habituais e ferida pós-operatória pequena.
É realizado com o auxílio de um instrumento ótico fino (fistuloscópio), conectado a um sistema de vídeo, que possibilita iluminar e visualizar o cisto internamente.
O fistuloscópio também permite a passagem de instrumentos cirúrgicos, como um eletrocautério, pinças e escovas. Desta forma, é possível promover a limpeza de todo o conteúdo do cisto e a cauterização de suas paredes sem que uma abertura seja necessária.
Agora que você conhece as principais técnicas para o tratamento do cisto pilonidal, será que existe uma melhor?
A resposta é SIM! A melhor técnica será sempre a indicada para o seu caso.
Cada doença tem suas particularidades e essa decisão pela escolha deve ser feita em conjunto com o seu cirurgião. Nenhuma técnica é 100% eficaz e nem todas são desenvolvidas para todos os casos. Escolher um coloproctologista experiente faz toda a diferença. Busque ajuda do especialista.
Tem dúvida? Envie para a gente!
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